O Berimbau e o menino
Pequena fila de três.
Magros. Não os Magos Reis.
Puxando-a, o lider do projeto;
fechando-a, a atriz de sorriso secreto.
E no meio estava ele.
E no meio da face dele,
a tristeza de um olhar
de quem sabe o inútil chorar.
Calado, vibrava o arame.
Haverá quem lhe ame?
Quem o chame?
Quem, seu cadáver reclame?
Estereótipo da tristeza
repassa a certeza
da estranha estranheza,
da áspera aspereza,
que a Vida lhe impôe,
que a miséria lhe depõe
e que à Morte lhe predispõe.
Ao fim da apresentação
escuta nossas palmas
(e talvez a dor em nossas almas).
Nada diz.
E nós, seleta platéia,
voltamos para nossa colméia.
Nada me sorri.
Ele ficou ali...
Sincera homenagem aos Participantes do Projeto Casa Guadalupana.