Odor da memória...


É infindo e harmonioso o canto da caserna
A despertar vívidos girassóis em seus vergéis
Lá de cima, o sol regando a relva com sua luzerna
Nas prateadas paredes, os uniformes verdes vestem os tropéis

Sonhador soldado de coração armado
Desbravando terras em púrpuras batalhas
Segue adiante e no errante caminho adornado
Dos jovens ossos repousando no leito das migalhas

E de um antagônico brado foi anunciado o aleivoso destino
Mostrou-se em sua fronte o pranto puro de um menino
Mãos adormecidas sobre o peito estilhaçado
O corpo ensangüentado banhado em lírios

Odor da história despedaçando a memória de seus delírios
Filho da guerra, viraste semente da terra em seu branco jazigo



Olá Recantistas!
Essa poesia faz parte do meu livro intitulado "Lunático", o qual foi lançado em Fevereiro de 2009 e pode ser adquirido pelo contato deixado neste site.

Obrigado,

Evandro Luis Mezadri