Determinismo/fatalismo

Determinada sigo rotas de minhas ambições
As minhas decisões desobstruem obstáculos
Confiante arrogo-me e sigo em frente anseio que me afaz
Nessa decisão me quero afirmar
Empreendo jornadas das minhas considerações
Deslumbro-me por tal afeiçoamento
Não sou obscura nem ignorada
Decidida avanço na senda da vida
Que me foi atribuída
Mas escolho os caminhos
se por ventura me não convenham
Afasto os impedimentos com ironia
Arvoro-me de valentia
Mas nem sempre a aventura me orienta esse norte
Nessa decisão que é o meu caminho encontro porcelas
Danos descaminhos e essa determinação minha sentença
Exibe o engano, ousado e destemido
e soçobram então e meus raciocínios
Imprudente , apenas vejo o que minha mente define
como me iludo depreciando a força do domínio
que amortalha ilusões esperanças e encantos
e vejo um mar alto em desassossego
um sol que se esconde na noite breve adormecida
Na agua que se transforma em gelo
Na chuva que desmorona meus mantos de Caxemira
Conflagração dos meus flagelos
A cisterna seca os pastos de rastos
De rastos. Desisto? Insisto? Persisto
O meu determinismo nadando em marés de obcuro fatalismo
Suspiros em vão cobrem de lírios bravios as minhas ambições
Ergo os olhos às constelações daquele céu estrelado
E o norte perscruto e com prudência cuido do porvir
Neste conformismo vou escolhendo cautelosamente
abrigo das porcelas da minha insubmissão.
 de tta
17~09~09
Tetita ou Té
Enviado por Tetita ou Té em 22/09/2009
Reeditado em 23/09/2009
Código do texto: T1824076
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