V3N3N0 (Vitae)

Poetas do mundo todo tremem em suas camas:

Há um novo vírus filosófico à solta!

Ele é livre, tem fome, e busca conceitos

para devora-los, relativa-los, expurga-los...

Não importa; Ele Busca.

E seu corpo idéreo se fez presente

Nas casas, nas ruas, nos jardins de infância,

E ainda há acadêmicos que negam

Em dizer que não existe,

"Como pode haver Pós-Mordernidade

Se nem "Era Moderna" tivemos?"

Como pode haver verdade

Se o que vivemos não passa de Irreal?

E as perguntas se acumulam na garganta

Enquanto as canetas tremem ao cobertor...

E se escondem!

Sem querer encarar de frente a epidemia.

Janelas simulam manhãs

Sitios revelam e velam vidas

Fotografias laranja-azuladas em alerta,

Cadiados subjetivos e esfomeados.

A tarde enegreceu em bulbos,

Vômitos codificados em siglas e horas,

Tormentas de Universo em Causto!

Um poeta escorregou pelos estrados...

R Duccini
Enviado por R Duccini em 19/09/2009
Código do texto: T1819223