V3N3N0 (Vitae)
Poetas do mundo todo tremem em suas camas:
Há um novo vírus filosófico à solta!
Ele é livre, tem fome, e busca conceitos
para devora-los, relativa-los, expurga-los...
Não importa; Ele Busca.
E seu corpo idéreo se fez presente
Nas casas, nas ruas, nos jardins de infância,
E ainda há acadêmicos que negam
Em dizer que não existe,
"Como pode haver Pós-Mordernidade
Se nem "Era Moderna" tivemos?"
Como pode haver verdade
Se o que vivemos não passa de Irreal?
E as perguntas se acumulam na garganta
Enquanto as canetas tremem ao cobertor...
E se escondem!
Sem querer encarar de frente a epidemia.
Janelas simulam manhãs
Sitios revelam e velam vidas
Fotografias laranja-azuladas em alerta,
Cadiados subjetivos e esfomeados.
A tarde enegreceu em bulbos,
Vômitos codificados em siglas e horas,
Tormentas de Universo em Causto!
Um poeta escorregou pelos estrados...