CORTINA JAPONESA
Ferro que corre no céu vermelho de uma capital de luxúria
Capital cavalo de Tróia...
Feito formoso, crina inclinada, pata dobrada e outra esticada...
Pedindo licença para te destruir, se aproxima com postura.
Oh monumento formoso, sutil sucateado, gentil despedaçado...
Que em seu assento gélido, não sou amado...
Cavalo de asas que outrora belo, por hora bélico, voando por palmeiras e pinheiros,
Cerras...
Destruindo seus segredos
Sentados eternamente sem sermos vistos,
Estamos...
Sombras...
Sonhando...
Dormimos recostados por milhares de quilômetros...
Lentes anti-reflexos?! Já não funciona em mim...
Pálpebras exploradas se fecham diante da “roda da fortuna”
Inocentes, perdemos milhões
Tapando o sol com peneiras,
Ou importando cortinas japonesas para esconder de uma forma bela o que
Já é guerra...