O frio cortante!

O frio cortante!

Não é um frio que possa cessar,

no aconchego de um cobertor.

É a agudeza da indiferença,

é ignorar o semelhante.

É o frio da alma humana!

Geme o silêncio das horas

vagas e desalentadas

escorridas entre os dedos,

repousadas nas teias

da incompreensão.

E a vida por um fio,

como linha, prestes a se partir

sem perspectiva alguma!

Diná Fernandes