Aceita-me tão somente "eu"

Quem sou eu senão mais um ser vibrante e intenso,

Em alguns momentos tão denso que me basto,

Em outros, um vazio flutuante, um espasmo agonizante.

Um queixume de tamanha estridência, eloquência de dor.

Sou uma pedra em seu sapato, mesmo sem querer.

Uma metade de alguém, que se conecta e se une a mim,

Uma conexão perfeitamente acoplada ou que nada,

Um dia sim, em outros não, por ser você também mutante.

A calma e a tranqüilidade, a sinfonia mansa.

A sensação de paz, de amor de pura dança.

Quem sou eu senão apenas um ser humano,

Falho e perfeito, santo e pecador,

Preso e livre, tão relativo eu sou.

Mas o que importa como sou se sou seu

o que importa o quanto fujo, se em você sempre me encontro?

Assim não me renegues, vem agora

Vem para sempre e

Aceita-me tão somente "EU"...

Tão somente seu...

Teresa Azevedo
Enviado por Teresa Azevedo em 06/09/2009
Reeditado em 02/11/2009
Código do texto: T1796379
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