CRIANÇAS PODADAS
Em cada esquina da vida,
há mil crianças paradas,
à cata vã de comida,
tendo ‘escola’ nas calçadas.
Essas, das mães arrancadas,
têm seu teto na avenida,
vez que de um lar deserdadas
qual do pé a margarida.
Mas elas pedem guarida,
não pontapés, bofetadas;
querem mesa dividida,
não desprezo nem pedradas.
Essas crianças podadas
precisam mais de ter vida,
necessitam de mãos dadas
que lhes cuidem da ferida.
(Julho de 1996)
Fort., 24/08/2009.
* * *
FORTUNA CRÍTICA / INTERAÇÕES
Mais esta amável interação da ANGÉLICA
GOUVÉA, esta exímia artesã do acróstico,
sempre aqui recebida com afeto e alegria.
Grato, querida, vc é poetisa maior, e das
melhores, um abraço.
G ritou bem alto esta verdade
O que é visto na realidade
M uitas crianças perdidas
E m praças calcadas e avenidas
S em teto, sem família e sem comida.
COM CARINHO ANGELICA GOUVEA
Enviado por ANGELICA GOUVEA em 24/08/2009 20:36
para o texto: CRIANÇAS PODADAS (T1772426)