Não mudou nada
Não mudou nada
Vacilavam e cabaleavam como ébrios
e toda a sua habilidade se esvaiam.
Seus ganhos eram em mil a mil, não era
filho da puta.
A puta era melhor que a outra, e se fez
espírito de desordem.
A ordem era baixaria, tinha alguns políticos
empenhados, tinha mulheres, homens, lésbicas
e viados.
Por pouco a porcaria não comeu as pérolas.
Era a era das novidades velhas e novas em
nome da vaidade.
Matando-se na invisibilidade virando míssel
no rumo da iniqüidade.
Computador dominando e crianças gritando
com “puta” dor de viverem em guerras primitivas
e anormais.
Perdendo-se vidas e valores e virando estatísticas
em horário nobre.
Comem em nome do ouro e matam por causa do
cobre.
Valores atordidos e homens honestos perdidos
em assaltos.
Mulhereres de salto, políticos de terno, mas a miséria
é antiga e o egoísmo já é quase eterno.
O NOVO POETA. (W.Marques).