Cidade do meu tempo

Calçadas de vitrines escuras

Mortas de liquidações...

Calçadas de meninos sujos

Pés descalços mãos estendidas olhar melancólico...

Calçadas de sono sem teto

Sonhos perdidos sem volta pra casa...

Calçadas de amor à vista

Bêbados trôpegos, camelôs e artistas...

Calçadas de hot dog’s, amendoins

Made in China, mulheres do Paraguai...

Calçadas do lixo da noite a invejar

O luxo exibido e avarento do dia...

Calçadas infames sem nome sem fama

Vida excluída de fim de expediente...

Cosme Belizário
Enviado por Cosme Belizário em 16/06/2006
Código do texto: T176773