Cidade do meu tempo
Calçadas de vitrines escuras
Mortas de liquidações...
Calçadas de meninos sujos
Pés descalços mãos estendidas olhar melancólico...
Calçadas de sono sem teto
Sonhos perdidos sem volta pra casa...
Calçadas de amor à vista
Bêbados trôpegos, camelôs e artistas...
Calçadas de hot dog’s, amendoins
Made in China, mulheres do Paraguai...
Calçadas do lixo da noite a invejar
O luxo exibido e avarento do dia...
Calçadas infames sem nome sem fama
Vida excluída de fim de expediente...