Pesadelo

Por décadas escrevi o amor,

foram anos falando de paz,

noites inteiras inspirando o poeta,

que agora em algum beco jaz,

lutando com sua alma inquieta.

Lamentos agudos, inquietude profunda,

que surgem de todas as mazelas,

que povoam a existência humana.

São gritos e gemidos que inundam

a tola esperança do viver profano.

Não! Não me chame agora!

Ouço soluços, gemidos e dores,

vindos de um lugar, lá fora!

Serão demônios em seus amores,

Ou anjos chorando por sobre as flores?