Casebre Caiado
Casebre caiado
no meio do nada
de terra rachado
no grosso sertão
A cozinha de sapé
tão preta do carvão
e no fogo a panela
pouca água, pouco feijão
Casebre caiado
no meio do sertão
teu povo zangado
clamando proteção
No alto da seca
a morte é posição
de gente que sofre
por falta de pão
Suas crianças chorosas
sem nome, sem sina
pedindo dengosas
a proteção divina
Casebre de barro
socada de dor
tua gente morrendo
de fome e desvalor
Neste país continente
cheio de riqueza e poder
mas a nação, essa gente
nem vê o povo sofrer
Casebre caiado
no meio do nada
em terra rachada
no grosso sertão
Casebre esquecido
de povo esqualido
pedindo uma prece
pedindo perdão
O sertanejo na enxada
de maõs calejadas
construindo a estrada
de poeira e de nada
Esperando que o Brasil
que o povo desta nação
tão rica e varonil
não esqueça do sertão
De uma gente sem poesia
que espera o seu feijão
o seu alimento de cada dia
com pouco de água e pedaço de pão
Mas o rico deste país
só quer saber de festa e carnaval
esquecendo que o infeliz
tá lá morrendo no canavial
Construindo prédios colossais
pontes, viadutos, cidades
deixando seus casebres siderais
em pedaços pela metade
Casebre caiado
do sertanejo varonil
esquecido pelo povo
deste majestoso Brasil.
Casebre caiado
no meio do nada
de terra rachado
no grosso sertão
A cozinha de sapé
tão preta do carvão
e no fogo a panela
pouca água, pouco feijão
Casebre caiado
no meio do sertão
teu povo zangado
clamando proteção
No alto da seca
a morte é posição
de gente que sofre
por falta de pão
Suas crianças chorosas
sem nome, sem sina
pedindo dengosas
a proteção divina
Casebre de barro
socada de dor
tua gente morrendo
de fome e desvalor
Neste país continente
cheio de riqueza e poder
mas a nação, essa gente
nem vê o povo sofrer
Casebre caiado
no meio do nada
em terra rachada
no grosso sertão
Casebre esquecido
de povo esqualido
pedindo uma prece
pedindo perdão
O sertanejo na enxada
de maõs calejadas
construindo a estrada
de poeira e de nada
Esperando que o Brasil
que o povo desta nação
tão rica e varonil
não esqueça do sertão
De uma gente sem poesia
que espera o seu feijão
o seu alimento de cada dia
com pouco de água e pedaço de pão
Mas o rico deste país
só quer saber de festa e carnaval
esquecendo que o infeliz
tá lá morrendo no canavial
Construindo prédios colossais
pontes, viadutos, cidades
deixando seus casebres siderais
em pedaços pela metade
Casebre caiado
do sertanejo varonil
esquecido pelo povo
deste majestoso Brasil.