A BATALHA DA HUMANIZAÇÃO

Levanta-se cedo e vai trabalhar

Da boca pra fora o seu coração

Que – coitado – não pára!

Não pode parar!

Chega ao trabalho já desanimado

Nem lembra de seus amigos cumprimentar

E, embora demonstre que está cansado,

Pega de seus instrumentos e vai trabalhar.

À hora do almoço, ao meio-dia,

Senta-se em um canto para almoçar...

E mesmo cansado, barriga vazia,

Não tem forças para mastigar.

Por um instante deseja morrer

Mas, pensa nos filhos:

- “Como ficarão?” –

Precisam dele para sobreviver.

Acalma-se – domina o pensamento –

Volta deprimido ao trabalho

Sente o cansaço de cada momento

Diante do tempo, da bigorna, do malho.

Daniela Pucu
Enviado por Daniela Pucu em 07/06/2006
Reeditado em 23/01/2018
Código do texto: T171135
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