O Tal
Vivem graças a mim.
Convivem, sonham, imploram.
De mim, dependem.
Por bem ou mal,
Todos se apaixonam.
Afinal, sou eu o tal.
Mesmo os maltratando,
Por mim, morreriam,
Matariam,
Viram todos loucos.
E o melhor de tudo:
Não são poucos.
Não sou um ser
De todo mal.
Apesar de estrela,
Sou simples, modesto,
E admito
Sou eu o tal.
Pelos meus olhos
Se vêem
Pela minha boca
Tagarelam
E pelos meus ouvidos...
Bom, meus ouvidos só me ouvem.
E por eles, há de me ouvirem.
Somente eu.
Eu,eu,eu
Concreto, papel, metal
Todos são meus filhos
Pois sou eu o tal
O tal do Capital.