COTIDIANO
Vivo dia após dia
Construindo um viver de paz,
De amor e de justiça,
Embora tudo se torne claro
Aos olhos, a cada novo instante,
As mudanças são naturais,
Mas o homem vive,
Às vezes, simplesmente por viver.
Sem se dar conta de que a história acontece agora,
No seu dia a dia, já! Já!
Vive sem construir, ao menos,
Bases ou marcos sociais,
Como se a história existisse sem ele.
Como se não fosse agente de transformações
Sociais e históricas.
Façamos, portanto, (re)surgir das cinzas.
Tal qual o Fênix,
O homem que dorme e foge de si próprio
Por mera ausência de significado
E razão de viver.
Façamo-nos mais gente,
Mais comprometido com a História
E abracemo-nos em favor da paz
Em função de uma nova História:
Mais justa, igualitária e de significado real
Diante tantas teorias, ora difundidas,
Mas sem nenhuma constituição prática na vida
De cada indivíduo.