Janelas da Alma.

Olhar consciente

Lacrimeja a mente

Soluços de dores

Prantos de horrores

Árvores tombadas

Toras empilhadas.

Coração da mata

Sente a mão ingrata

E o homem desmata

Ganância insensata

Seu solo devasta

Que mente nefasta!

Caminhos torcidos

Rios combalidos

Canais poluídos

Pulmão proibido

Do verde excluído

Planeta agredido.

Janelas da alma

Conserta e me acalma

Lança luz pra terra

Verdejando a serra.

Que a foice e o martelo

Não sirvam de elo

Brilhe o verde belo.

Homens sejam honrados

Parem seus arados

Sejam aliados

Deixando o legado

Que a Floresta amada

Seja preservada.

Goretti Albuquerque