O Homem Contemporâneo
 
O sagrado cumprimento de um destino,
escravizado em sua ignorância.

Menino de corpo agigantado,
violento na realização da sobrevivência.

Sonora batida de tambores,
sons instintivos
que alimentam a fúria das batalhas.

No calor da guerra,
cumprir o cego destino
da competição masculina.

A sobrevivência do mais habilitado,
a força agregada ao pensamento.

Agilidade e precisão no ataque,
o corpo não pode tombar,
mesmo ferido, erguer-se.

Lutar até o fim,
alimentando impulsividade,
burilando raiva em ódio,

individualizando o ego,
desejando preponderar
sobre os demais.

Desejando ardentemente
liberdade para si,
mas aprisionando aos oponentes.

Inviável coexistência de iguais.
Nos múltiplos confrontos,
o domínio do mais forte.


Gilberto Brandão Marcon
Enviado por Gilberto Brandão Marcon em 17/06/2009
Reeditado em 17/06/2009
Código do texto: T1653567
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