Aos verdadeiros culpados

=Os olhos se fecham=

Diariamente pessoas se perdem num mundo feito de medidas

Medidas que regem da matemática as nossas vidas

Não há mais geometria naquilo que se mede

A beleza das formas agora já não mas importa

E a pobreza de pensar salta aos nossos olhos

Mede-se o avanço continuo e esmagador da ciência

Matamos ou morremos usando armas de ultima geração

Há quem mate buscando redenção

E há aqueles que a destruição em massa parece mais atraente

-Já mediu a sua consciência?-

Pare pra pensar no porque de tanta calamidade

Medidas drásticas seguem o nosso dia a dia

Mas nós somos humanos

Por isso procuramos formas de justificar os nossos erros

Nossas decisões e indecisões

E é daí que se mede...

Mede-se a capacidade que temos de progredir. Mas...

=Até onde você é capaz de ir?=

Mede-se um Eu que jaz na sua essência

=Nossas certezas são mera inocência=

Pois somos todos frutos de um cotidiano

Mede-se a fé que temos na grande mentira,

=Criada pra nos proteger=.

Mede-se o quanto nos importamos.

=Da culpa que nós carregamos=

Boa parte falta assumir.

Mede-se o quanto a justiça tarda

=Todos os dias=...

Mas não se mede a influência da indecência

=Por não medir a consequência=

Que ela trará as crianças que estão por vir

Mede-se, porém, as consequências já aparentes

=Do nosso descaso=

Mas a mãe natureza já chora nossa percepção tardia

Mede-se o buraco na camada de ozônio

O derretimento das calotas polares

Medem-se as baixas provocadas pela guerra

=Eu sei que é difícil de ver=

Mas nós somos os inimigos da terra

Há quem meça se nós somos culpados

Quem crê que tudo isso faz parte de um ciclo natural

=Mas nós somos=!

Não invente desculpas pra se sentir melhor!

Mede-se com orgulho, a nossa capacidade destrutiva

E gostamos de desculpas pra espalhar o caos

Mas nossos pecados capitais e capitalistas serão

=Os nossos próprios inimigos=

Estamos todos doentes, somos todos drogados

Nós somos drogas

Somos a escória

Estamos todos bêbados

Esperando só a hora

=Somos a ruína e a guerra=

Consumindo o restinho de tudo

Enquanto podemos e quanto pudermos

Nós somos a escória

Estamos todos bêbados

Esperando só a hora

E nisso não há nenhuma glória

E agora do que a vaidade te serve?!

Dançamos em chuva acida

=Corroendo tudo=

Você já imaginou uma morte como essa?!

Estamos todos drogados

Somos todos drogas

Você gosta de drogas?!

Nós não queremos acreditar

Mas a terra sobreviverá a nós

O mundo continuara girando

E sol continuara brilhando

=Eu sei que é difícil de ver=

=Mas somos os inimigos da terra.=

Obs.: Você pode ver o entre poema que é formado pelo título juntamente com a primeira fraze e segue com as outras partes marcadas por ( = ) antes e depois, incluindo ou não pontuação. Ou visite de preferência meu blog onde eles estão devidamente formatados.

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Este poema é o poema completo, ele contém um entre-poema que você pode encontrar no meu blog (ou aqui nos meus textos) devidamente formatado nesses links:

(Poema Completo)

http://eufemismopoetico.blogspot.com/2009/05/aos-verdadeiros-culpados.html

(Entre-poema)

http://eufemismopoetico.blogspot.com/2009/05/aos-verdadeiros-culpados-entre-poema.html

David R
Enviado por David R em 10/06/2009
Reeditado em 10/06/2009
Código do texto: T1642299
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