Eu não me engano

A minha existência está exposta a quem

queira analisar.

revestida de sonhos mais pueris...

infeliz, vi-me irreconhecível.

Guiei-me obediente á talentos sensuais e vi

Desejos proibidos, fantasiar...

Misteriosamente omissa aos critérios sociológicos.

Só o grito preso em mim.

Não quero acreditar em nada.

É mentira.

Tudo que inventam, nela ha intenção de ser. Ou ter.

É pensado, acabado. Premeditado.

Anseios de passados afogados na lama.

Bobo é quem acredita na maldita mentira

Daqueles que falam, clamando crendices.

Sigo o meu rumo certo, e seguro.

Eu não me minto, eu não me engano...

Sinto humano.