Revolta
Talvez não sejamos livres
E quem sabe nossa liberdade
Seja controlada e vendida
A preço de comédia,
Que tanto tento não acreditar.
Rousseau já dizia:
O homem nasce livre e em toda parte encontra-se a ferros,
Talvez não sejamos o que pensamos
Ou não sejamos o que realmente somos.
A realidade nos desfigurou
E no lugar pôs uma máscara,
Máscara que nem sei se somos humanos
Ou simples marionetes.
Muitos abusam do poder,
Enquanto outros não têm nem um simples ter.
Poucos comem bem,
Enquanto outros choram por um simples pedaço de pão.
Vemos crianças carregando crianças,
Crianças amamentando crianças,
Adultos sendo pequenos,
Adultos não sendo o que são.
Vivemos sob o signo regido pela metamorfose,
Pelo rompimento de paradigmas,
Por verdades que se retorcem,
Em versos que se destorcem
A cada fluir de um novo dia.
O tempo revela feridas antigas,
Porém resta uma solução,
Que aos poucos é difundida
Com um simples refletir da razão,
Na qual se encontra verdade única
E certamente faz parte do que é seu,
Onde existe opinião unida
Denominado Deus.
Contudo nós podemos ser donos de si,
Donos de nossos próprios destinos,
Olhando os erros do passado,
Caminhando no presente e
Com um leve pensar do futuro
Rumo a um novo dia.