TESE socioLÓGICA

(Para os excluídos)

Se existem criaturas descrentes

nas providências jurídicas

é graças às posturas maledicentes

das interferências políticas.

Se existem perversos descasos,

além de abusos oficiais,

é graças aos excessos de prazos

que têm os recursos judiciais.

No país de lei excessiva,

sem cumprimento de fato,

feliz é quem incentiva

um nojento peculato.

Com tantos valores invertidos,

inocentando os culpados,

os prantos de dores dos excluídos

vêm jorrando desconsolados...

O dinheiro é considerado

o aval para a liberdade

e o carcereiro subornado

tem judicial impunidade.

A injustiça, em permuta

com o “poder” político,

só tem cobiça e insulta

o dom do dever jurídico.

Mas, após uma boa temporada,

que poderá ser longa ou curta,

em paz, a pessoa injustiçada

haverá de vencer a labuta.

Em que pese a ação metódica

da confraria de crença falha e ilegal,

por bem, a tese sociológica

vencerá a imensa batalha judicial.

Paulo Marcelo Braga

Belém, 28/05/2009

(15 horas e 30 minutos).