Semblante triste de um povo
Semblante triste de um povo
Sózinho, por entre as sombras das nações,
Debaixo dos pingos da chuva ácida, poluição, ele vai
Sentindo a fome,e o vento frio do maior autoritário
Pelas ruas da vida, mendingo e pobre, ele cai.
Morto, corpo torto.
Caminha, perambula. Triste e inseguro
Diante de seus pensamentos é como se tivesse um muro
Forte intransponível, para chorar e lamentar
Ou para esconder de todos o negror e o horror
De seu próprio futuro
Que as tecelãs da intriga teceram
Para todos que este povo acreditou
Nas avenidas largas onde ele passou
Hoje só restam as fachadas dos prédios
Abandonados, despidos de glória, ética e soberania
E a marcha que um dia tinha compasso e guia
Agora é marcha a ré
Pois o povo suspira em agonia.