MORTE AOS MUROS
Ruiu a de Berlim, outras se estão erguendo.
Erguem-se muralhas por toda parte.
Nascem e muros crescem como grama.
Meditemos sobre os muros!
Matemos os muros intrusos pela raiz.
Pela pluralidade, pela diversidade.
Isto é muito grave, povos do mundo inteiro!
Vemos barreiras avultarem nos horizontes.
Não podem vingar as intolerâncias.
Muros cerceiam o teu direito de ir e vir.
Muros cercam a Palestina.
Disfarçados, há muros entre o México
E o grande império dos ianques.
Muros invisíveis entre as duas Coréias.
Há menção desonrosa de muros
Na bela Rio de Janeiro.
Derrubemos todos os muros, meu povo!
Façamos finca-pé por ruí-los,
Como assim na Berlim dividida.
Principalmente, criatura amiga,
As muralhas que te engradam o egoísmo.
Aí, nele inserida, tua cabeça dura,
Tua intolerância burra,
Tua verdade única, meu camarada.
Por tais e quais, matemos todos os muros!
Fort., 28/05/2009.