SEM SURRAS
Sem surras
Não tenhas medo
Não cometestes erro algum
Continue seu ofício com zelo
Neste país que habitas
Ou onde quer que vás
Certamente encontrarás
Alguém que não satisfarás
Estará a viver as turras
Com vontade de dar-vos surras
Não vos esqueçais
Até mesmo as pedras mais duras
Desfazem-se com o tempo
Tornam-se pequenas partículas
Que voam com o vento
Tolices do momento
Não dês ouvidos aos que vos censuram
Pobres tolos do poder abusam
Não sabem que os poetas sonham
De tantos as feridas curam
Bocas benditas murmuram
Preces ao Criador jóias de puro louvor
Há os que cheios de amor
Loquazes em seu forte louvor
Pela estrada da vida pulam
Cantam, dançam imaginam.
Um mundo melhor
Onde possam conjugar
O verbo amar
Sem medo do castigo, sem surras.