O TIRO

Um tiro

entra por sua porta.

E acalenta

eterno

os sonhos da filha morta,

cujos olhos

estatalados

e molhados

riscam a ira.

Furam em dor.

Não!

Você não suporta!

Sai à procura do matador

com ira e dor

estancadas no peito.

E ao encontrá-lo,

devolve-lhe

cego

o feito.

E então,

diante do corpo no chão,

vê sua filha

adormecida

e embalada

no leito...

(Cri

an

ças

são

an

jos

ca

í

dos

num

mun

do

fe

ri

do...)

Marco Aurelio Vieira
Enviado por Marco Aurelio Vieira em 15/05/2009
Reeditado em 20/01/2011
Código do texto: T1595114
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