NOITES URBANAS (Versão em 20 versos - 1995)

Máquinas de motores possantes

emanam ruídos estridentes,

acendem em faróis ofuscantes,

apagam em nuvens poluentes.

Berros de beijos ardentes

adornam feições arrogantes

que tornam ações incoerentes

belas melodias dançantes.

Vermelhos olhos brilhantes

escondem verdades deprimentes

em longas viagens delirantes

nas pontas de estrelas cadentes.

Noites urbanas ferventes

ferozes mudam semblantes;

nos bares destroem sementes,

em cinzas mergulham amantes.

Os sonhos desarmados de antes

sumiram em realidades doentes

sufocados no odor dos fumantes,

congelados no frio das mentes.

Marco Aurelio Vieira
Enviado por Marco Aurelio Vieira em 15/05/2009
Reeditado em 12/08/2009
Código do texto: T1595113
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