Poema a contra-relógio

São nove horas de trabalho

certinhas todos os dias.

E às vezes ainda há serão,

se não for missa cantada,

no coro dos meus encantos...

Tudo isto numa semana

meses fora, todos anos...

E no meio desta panóplia

de afazeres e outros tantos

ainda há tempo pr´a ser mãe.

Encaixo a lida da casa

nos tempos em que devia

dar sossego ao cansaço.

E a dormir lá vou sonhando,

pondo em dia as emoções,

que passo para o papel

e transformo em poesia.

Mas acreditem em mim

não há tempo pr´a depressões

pois não há melhor terapia.

Mas neste contra-relógio

já me estava a esquecer

Vou cuidar de mim agora,

afinal, também sou mulher!

Fana
Enviado por Fana em 14/05/2009
Código do texto: T1594383
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