O Vírus Social
Um velho sentado em um banco de praça,
Está a olhar o movimento daqueles que por ele passam,
Pessoas que vem e vão sem porque,
Que o-fazem só por fazer.
E todos sem uma direção certa,
Vão se colidindo no decorrer dessas linhas incertas,
Vão vivendo sem destino,
Se pondo no estado de espera.
Porém na espera do que?
O que espera aquele que o mundo não consegue perceber?
São esperanças vazias,
Vidas corrompidas,
Angústia e agonia.
O velho em seu banco está apenas a observar,
Sem coragem de se levantar,
Não quer com esse vírus social se contaminar,
Prefere se isolar,
Estar á margem,
Se marginalizar,
Pois dessa forma ainda pode a bondade das pessoas testar,
Ainda que tenha certeza do quão é difícil
Desse vírus social se curar.
Itaci Silva Camelo