Raça

Não

Não sou um poeta de celebrações

Sou humilde e sou negro

Trago em mim as marcas, discriminações

Mas mesmo assim eu não me entrego

As várias dores que a vida me infringiu

fizeram-me crescer e ser mais forte

Superar os dissabores que a vida me serviu

Cantar a negritude até à morte

Não

Não sou um poeta cabisbaixo por aí

Vivo e escrevo o meu orgulho

Represento a miscigenação de um país

que insiste em ver-me como entulho

As várias cicatrizes que o racismo em mim abriu

fecharam-se, e se tornaram uma couraça

Poeta negro, forte e varonil

Um jardineiro...

a semear, o orgulho de uma raça.

Bhall Marcos
Enviado por Bhall Marcos em 09/05/2009
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