Reconciliação
E eu perdido no meio de mim
Sentei no chão e comecei a chorar...
Parecia fantasia de um poeta e não era.
Parecia fantasia, poesia de uma mulher,
E, também não era.
De dentro de mim uma chama levantou e reclamou...
Mas foi impossível matutar.
Não tive explicações.
A pieguice em mim era total.
A fraude existia contida e fatal.
Oh! Deus, por quê?
Por que guardo calado, cessante,
Este decorrido maligno avante?
Cada instante de meu tudo se foi.
Cada sofrimento tem um conteúdo, eu sei.
Dormi num mundo, fui impaciente, marcou.
Adormeci profundo, fui incompreensível, manchou.
Oh! Deus, por quê?
Por que dormi tão cedo?
Por que fechei meus olhos em segredos?
Uma passagem terrível passei...
Num mundo perdido de lamas andei e errei.
Um caminho vazio, sem sentidos, percorri.
Uma história cruel, iludida, fui eu.
Oh! Deus, aqui de joelhos no chão,
Meus olhos impuros levanto e, de coração,
Suplico-te em gritos e em prantos
O caminho da reconciliação.