PCC - PÂNICO E CAOS NA CAPITAL
Observei o medo sobre faces transmórficas
Andei, corri, e notei calado o medo
Desfigurei meus sentidos quando vi
Uma bonita grávida preocupada com teu filho
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Ódio estampava os olhares
Jovens rangiam seus molares
PM’s resguardavam-se em silêncio
E crianças corriam contra o vento
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O estigma da vingança sobrepôs o direito
Ardilosos e malditos criminosos anteciparam-se
Ao que foi dito. Foi feito. E nada mais pode ser fazer
Civis apavorados, 5 milhões sem transporte. Sem ação...
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O Governo paulista é responsável por tudo isso
Há tempos estão perdendo para o crime
O que ainda poderá ser feito?
Alterar tudo e declarar defesa?
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Estudantes e trabalhadores estão isolados
Comércios e escolas com medo... Fechados
Delegacias, investigadores e delegados
Até pobres inocentes por militares alvejados
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Por sorte queimaram apenas os coletivos
Por sorte pouparam os passageiros
A Facção amedrontou um Estado por inteiro!
Da prisão, Marcola tornou o povo prisioneiro
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A Paulista às 20h parecia terra de ninguém
Sempre movimentada. Nem ambulante tinha hoje
O medo se faz presente e deixa até poetas doentes
“Sem querer polemizar, foi o dia mais tranqüilo”
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– disse um coronel todo pomposo na frente das câmeras