PCC - PÂNICO E CAOS NA CAPITAL

Observei o medo sobre faces transmórficas

Andei, corri, e notei calado o medo

Desfigurei meus sentidos quando vi

Uma bonita grávida preocupada com teu filho

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Ódio estampava os olhares

Jovens rangiam seus molares

PM’s resguardavam-se em silêncio

E crianças corriam contra o vento

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O estigma da vingança sobrepôs o direito

Ardilosos e malditos criminosos anteciparam-se

Ao que foi dito. Foi feito. E nada mais pode ser fazer

Civis apavorados, 5 milhões sem transporte. Sem ação...

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O Governo paulista é responsável por tudo isso

Há tempos estão perdendo para o crime

O que ainda poderá ser feito?

Alterar tudo e declarar defesa?

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Estudantes e trabalhadores estão isolados

Comércios e escolas com medo... Fechados

Delegacias, investigadores e delegados

Até pobres inocentes por militares alvejados

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Por sorte queimaram apenas os coletivos

Por sorte pouparam os passageiros

A Facção amedrontou um Estado por inteiro!

Da prisão, Marcola tornou o povo prisioneiro

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A Paulista às 20h parecia terra de ninguém

Sempre movimentada. Nem ambulante tinha hoje

O medo se faz presente e deixa até poetas doentes

“Sem querer polemizar, foi o dia mais tranqüilo”

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– disse um coronel todo pomposo na frente das câmeras

José Luís de Freitas
Enviado por José Luís de Freitas em 16/05/2006
Reeditado em 06/08/2007
Código do texto: T156891
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