DESÂNIMO*
Penso nos rostos repletos de misérias
Quando choram suas mágoas,
Nos sorrisos oblíquos das promessas,
Nas perdidas e escusadas ousadias.
Penso na frequência das mentiras,
No dardejar de invisíveis faíscas,
Que abrasam almas desamparadas,
E anunciam as temidas indiferenças.
Penso nas mortais criaturas,
Nos seus tormentos e torturas,
Sem acreditar nas esperanças,
A morte os levam a sepultura.
Alzira Paiva Tavares
Olinda 22/04/09