CONCLUSÃO
Vivi a vida, senti a morte.
Escrevi a vida, escrevi a morte.
Sem dúvida,
Nenhuma me mostrou a sorte.
Nesses caminhos, leões eu vi
Trucidarem siriris e
A perfídia das raposas
Espalhada aqui e ali.
Dores, lágrimas, capotadas,
Tantas foram que perdi
A contagem regressiva
Das vezes que morri.
Enfim, amarelei, amadureci!
Dentre a vida, tão efêmera.
Dentre a morte, inconveniente.
Compreendi? Nada.
Cousa única deduzi:
A vida é azul prateada;
A morte, marrom, desbotada.
Denair – escrito no final dos anos 80.