DESIGUALDADE SOCIAL

Vi um menino maltrapilho...

Descalço, de pé no chão!

Desnutrido, um andarilho...

Isso cortou-me o coração!

Do outro lado da rua...

Desceu de um carro importado!

Mostrando a realidade crua...

Outro menino arrumado!

Vendo o contraste entre os dois...

Comecei a meditar!

O pobre tem feijão com arroz?

O rico eu sei, tem caviar!

Quando é que o pobre comeu...

Uma boa refeição?

Talvez até se esqueceu...

Por ter passado um tempão!

Em um canto a mesa é farta...

Tudo tem em abundância!

Enquanto em outro tudo falta...

E a fome é uma constância!

Corredor de hospital...

É para pobre frequentar!

Quem tem dinheiro e é o tal...

Se interna no particular!

Pobre em fila de banco...

Vai receber ou pagar!

Rico, seja preto ou branco...

Diz alô, manda aplicar!

Muitos pedem um trocado...

Tentando sobreviver!

Enquanto ladrões engravatados...

Vão roubando pra valer!

Na justiça há omissão...

Pra punir o abastado!

Se o pobre rouba um pão...

Vai em cana, tá ferrado!

Quem produz o alimento...

E tem por nome agricultor!

Vê o lucro do seu sofrimento...

Nas mãos do atravessador!

Meninas adolescentes...

Entregues à prostituição!

Pra sustentar indecentes...

Cafetina ou cafetão!

Muito existe a falar...

Mas por aqui vou me ater!

Só sei que alguém vive a olhar...

Pois tudo sabe, tudo vê!

Sabe que tudo é resultado...

Do pecado e do mal!

Fica triste e chateado...

Com a injustiça social!

Porém a desigualdade...

Que hoje neste mundo há!

Terá o seu fim de verdade...

Quando Cristo regressar!

Nota do Autor: Poesia feito a pedido da minha amiga Marise, na presente data. À minha amiga agradeço pelo pedido que possibilitou a realização de mais um trabalho inspirado pelo Deus Criador a quem devo tudo o que tenho, tudo o que sou.

Antonio Alves
Enviado por Antonio Alves em 16/04/2009
Reeditado em 03/01/2019
Código do texto: T1543254
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