VIDA E MORTE SILVANA
Por: Rosa R. Regis - Natal/RN (2004)
Partiste, e te esqueceste,
João da Silva,
Da despedida final;
Sem lembrar que a família,
João da Silva,
Mal pode se sustentar.
São doze filhos pequenos,
João da silva,
De se cobrir com um cesto;
E a mulher que, já prenhe,
João da Silva,
Está pra lá do mês sexto.
Este é o final duma vida,
João da Silva,
Que pouco tempo durou;
Vida de fome e de luta,
João da Silva,
De tristeza e desamor.
Vida que, desde o início,
João da Silva,
Já se sabia seu fim;
Vida oprimida! Sofrida!
João da Silva,
Vida que a Vida não vê.
...
Vida sem Essência – sem Ser.
Inumana... desumana...
VIDA E MORTE SILVANA.
Natal/RN – s/data.