The Day (O Dia-A bomba zomba da tonta pomba)

Pais,

País,

Paz.

Na praça que passa,

O velho vejo.

Baba na barba.

Branco no banco.

Espera o fim da esfera.

A guerra que ferra,

Que fere a Terra.

Que espera sentada,

Sem nada,

Quase acabada.

Aniquilada.

De repente

Um tremor sente.

Explode.

Acaba com o que pode.

(E com o que não pode)

Lindo é o desenho no ar,

Mas não consigo mais respirar.

Aquele que a vê,

Nunca mais poderá ver.

Aquele que escuta,

Tem uma vida curta.

Acaba ali,

Sem nada ouvir.

O que viveu,

Inveja o que morreu,

Pois além de tudo ter escapado,

Fica mudo, ali sentado.

Esperando ela,

Aquela leve,

Escura mas clara,

Chumbo ou neve?

Como deve ser ela?

A radiação.

Como um som

Ocupa o espaço,

Por ela passo,

Passo a passo.

Nada faço.

Já está em mim

E é o fim até o fim.

O que resta não presta.

Contaminado ou aniquilado.

Quem foi o primeiro?

O segundo?

O terceiro?

Tinha terceiro??

Resumo do mundo

Agora imundo.

A pomba não venceu a bomba.

A bomba zomba da tonta pomba.

(Por que não, a pomba zomba da tonta bomba que tomba?).

Quero ar,

Quero respirar,

Quero o mar,

Quero escapar,

Quero me retirar,

Quero parar,

Não quero esperar

O mundo acabar,

Com a terrível.

Guerra Nuclear.

84.02.24

Fabiana Guaranho
Enviado por Fabiana Guaranho em 11/04/2009
Código do texto: T1534139
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