Dinheiro, Vil Amigo

Minha maior tristeza é depender tanto de ti

Tu te fazes dono de tantas coisas,

Alucina e acaba por matar a muitos,

Rouba-nos o sono sem cerimônia,

Mostra-nos nosso lado mais vil.

Se eu pudera, não mais queria ver-te,

Mas preciso tanto de você,

Quanta dor já proporcionou,

Quanta loucura já causou,

Te aproveitas que és mui forte,

Para destruir até o amor.

Mas é também um belo amigo,

E quanta felicidade mandou buscar,

Se tu aos montes está por perto,

Nada a ninguém há de faltar.

Você dinheiro é mui famoso,

Mas a ti não me venderei,

Dignidade e caráter não têm preço,

Mesmo que eu passei por tropeços,

Ainda que de ti eu careça,

Em honestidade me manterei.