POEIRA
Ela entra devagar
Silenciosa
Sem ninguém ver
Entra porta a dentro
Trazida pelo vento
Invade a casa
Pela janela
Pelo telhado
Pela brecha
É quase invisível
Por isso ninguém ver
Acomoda-se nos móveis
No chão
Em qualquer lugar
É esperta e ligeira
A danada da poeira
Invade a casa inteira
Deixa a gente incomodado
E não adianta limpar
Ela volta a incomodar
Não importa quando dizem:
Eta!Maldita poeira!