Fútil

É fútil o meu andar

Meu vestir, meu falar

Se não tiver destino certo onde meus passos posam descansar

São mortas minhas palavras

Se de vida não falar

Se na soberba escala,

E as falhas não são mostradas

Incerto o certo

Quando de longe

Ficas perto

O erro de acordar

Se o dia não contemplar

É fraco e manco

O sorriso iludido

Do discurso fútil

Que a si visa entoar

Pobre o pobre nobre

Que sofre, pois,

Da matéria fez seu forte

Que no fim as lagrimas colhe

E deposita num ilusório cofre

No fim, o fim é fútil

Se não houver esperança;

Se a tradição da infância

No termino do ser, não houver relevância

Fútil a ganância, pois se nada leva

O que “foi”, um dia vai “ser”, mas no fim só sobra “era”

Pobre foi a Eva

Condenada milhões de anos

Coagida num plano ilógico

Assim condenaram Eva,

A nova era do erro que dela era.

Portanto é trágico o ser fútil

O lúdico é fútil

Quando o púlpito é sujo

Pela ordem que forje a morte

Da puritana consciência

Pela falta de consistência

Torna-se fútil toda a existência

Pois mataram nossa essência

guido campos
Enviado por guido campos em 28/03/2009
Código do texto: T1510137
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