Utopia de um nordestino...

Não seria inovação prá nosso povo,

Se pairasse por aqui a temperança,

Não se teria a presença da vingança,

Ouvia-se sempre o grito forte e vigoroso,

Do nosso povo pujante, amigo e talentoso,

Como sempre pulso firme e decidido,

Avançando, porém sempre comedido

Apresentando em comum esta constância,

Imagine o Brasil ser invadido,

Por justiça, caridade, e tolerância.

A corrupção com fervor eliminada,

Juntamente com o roubo exilado,

O assalto com o seu fim programado,

A mulher pelo homem bem tratada,

A criança sem mais ser molestada,

Os idosos com futuro garantido,

O excluído andaria destemido,

Isto ocorrendo a partir de sua infância,

Imagine o Brasil ser invadido,

Por justiça, caridade, e tolerância.

A comunidade passaria a oferecer,

O ombro amigo e seguro a cada irmão,

O poeta, a poetisa e o violão,

Vislumbrariam só o amor prá descrever,

As outras artes seguiriam este querer,

Eu que escrevo, ficaria convencido,

De que o amor realmente tinha vencido,

E dado um basta de uma vez na ignorância

Imagine o Brasil ser invadido,

Por justiça, caridade, e tolerância.

A liberdade estaria na bandeira,

Por todos os brasis anunciada,

Junto à fraternidade aclamada,

A igualdade seria a justiceira,

A sinceridade selaria a trincheira,

E todo o povo ficaria convencido,

E o abuso com o próximo extinguido,

Do mundo todo se teria a concordância,

Imagine o Brasil ser invadido,

Por justiça, caridade, e tolerância.

Arimatéia Macêdo – www.arimateia.com