O ABORTO - "MUTE" - uma crítica ao aborto
Não tenho nome,
Não tenho vida,
Não sou nada!
Sou dejeto informe,
Um infante assassinado.
Sou um excluído.
Um filho mutilado.
Sou, do prazer da carne,
O fruto indesejado.
Sou esterco sobre a terra,
Eu sou lixo em torpe sala.
Sou um resto inumano
Sem amor e sem valia.
Das tuas noites de orgia,
Sou o amargo sabor da vida.
Sou sem nunca ter sido
Sobre a terra, nunca nascido.
Sou fruto da modernidade:
Do Direito sobre a “vida”,
Da promiscuidade por direito,
Ser ter direito a vida.
Sou e jamais serei,
A não ser reciclável lixo,
Comida de gusanos,
Carne podre e carniça.
Sou o lixo da tua alma
Colocado em saco preto
Que reflete do teu sexo
A humana decadência.
Sou como fezes e urina
Lançado em um esgoto.
Sou menos do que lixo
Que se vende e se recicla.
Sou da divina essência
A imagem e semelhança
Que os homens rejeitaram...
Sem direito a ser criança.
Sou apenas um feto...
Não tenho nome.
Não tenho vida.
Não sou humano.
Não sou gente.
Não sou nada...
Ó desgraçado aborto.
Pelos sábios, legalizado.
Moses Adam
F.V. 25.03.2009