MUROS

Ah, esses muros abstratos!

Cerceando as liberdades

Essas vis temeridades

Reprimindo nossos atos!

Heranças impositivas

Encravadas nas entranhas

Bloqueadoras tão tacanhas

Das veredas criativas.

Obstáculos irredutíveis,

Barreiras de contenções

Impostas por religiões

E costumes insensíveis.

Antológicos cerceamentos

Calcados de propriedades

Que põem as moralidades

Acima dos pensamentos.

Construções das morais

Alicerçadas em vagares

Bases dos sacros altares

E dos púlpitos venais.

Vilmar Daufenbach
Enviado por Vilmar Daufenbach em 25/03/2009
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