PRESTE ATENÇÃO
Preste atenção no irmão
Preste atenção no amigo
Preste atenção em seus filhos
Mas, veja bem, preste atenção
No ser humano que sofre
A dor de ser preterido
Pelo poder que não estende a mão
Alheio ao sofrimento que tolhe
Os sentimentos e sugere a aversão
Aos abonados que contidos
Em seus castelos de ilusão
Têm medo dos excluídos
Não será culpa o que os move
E os torna enclausurados?
Não ter consciência do que são
A fome, a doença e o desabrigo?
Não perceber que a falta de opção
Os faz cada vez mais inimigos.