FALSÁRIOS DA LIBERDADE

Nossos rios, povos, cidades e esperanças...

Só serão avaliados em época de eleição.

Os impostos recolhidos nas infindáveis alianças...

E os ais dos eleitores, nessa triste interjeição.

Rios transbordando os lamaçais da vergonha,

Que o bendito suposto logrou como patrimônio,

E justifica-se aos inconscientes, na carantonha...

Na cara dura, e nunca fará um só pandemônio...

E, para completar essa infinita incompreensão,

Com os risos estampados em fotinhos e folhetos,

E transmutando até mesmo na liga da oposição...

Nas propinas indecorosas em seus panfletos...

Mas, a eleição é verdadeira peregrinação,

Co’os santinhos que circulam para a cesta básica...

E farão brotar na irreal lavoura da abonação

Dos homens de bens, e homens de Deus na basílica,

Chorando a dor da injustiça que os acompanhará

Por toda a vida, por toda a eternidade, numa cruel

Penitência sobre a mentira e a custódia no alvará

Da vergonha, que o sorrateiro não paga um níquel.

Ó injustos!... Na epopeia vergonhosa da perversidade...

Falsários da liberdade em clãs de lenta miscigenação...,

Nos escombros escondidos, na improfícua desigualdade,

Que os metodistas aceitam em conformidade e adoração.

Novembro de 2007.

Pacco
Enviado por Pacco em 20/03/2009
Reeditado em 07/10/2011
Código do texto: T1496810
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