Estado-maior das forças do nada

Puro emaranhado em estilhaço.

É muito pano verde e grito depravado.

Zangado com as forças, o macete do laço,

Pagando poses e viagens, enricando o Estado...

Por sorte, fica pra massa o dilema palhaço.

Perdoai-os, ó Deus, pelo certo-errado!

Voluntários da expressão “bagaço”.

Mal servidos de água, aluguel elevado,

Luz é absurdo, muito caro o espaço.

Taxas, coletas, serviços; tudo bem bolado.

Vêem-se montas, riquezas, e no fim é escasso.

O dinheiro do povo sendo roubado.

Somos milhões de vozes num só brado.

Se todos colaborassem... Seria um regaço.

O pior é que num beco está o eleitorado.

Não adianta anunciar se eu mesmo não o faço.

Sabemos que fábulas sussurram resmungadas.

Gritarmos pelas forças do nada é um fracasso.