Na passarela a vida é mercado
Se dos ruídos do prata,
o sol quente nos mares,
A brisa fria condensa...
Quanto cheiro gostoso,
Quanta gente,
que, em sua passarela
nada pensa.
Cidade é cidade,
não pára, eu sei.
Nas matas virgens
a natureza é boa.
Hoje passo por caminhos
que nunca passei.
Muito trabalho honesto
e, tanta gente à toa.
São trevas que aparecem...
Mas, mesmo assim, vejo
neste mundo iludido,
que a vida é mercado.
Todo gosto é gostoso,
se eu gosto, eu desejo,
Mas, se o desejo não vejo,
sei que é pecado...
Se dos ruídos do prata
viesse gente,
que em sua passarela,
tivesse passado sem ofensa,
tantos desejariam
que d'alma crente,
Viesse gente com sorriso,
mas, nisso, ninguém pensa.