Poema da sociedade de consumo
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Átomos separados
Instinto que desintegra
Individualistas
Vibrando em suas bolhas
A inverdade vai afinando
O Lado não exercitado
Pálpebra germina
Cada qual colhe tempestades
Neblina é o que vê desfocado
Discípulos da lógica formal
Ampulhetados aos grãos
Geomaníacos de adobes devorados
Idéias enchem canhões
Sempre surge um monge icógnito
Indefinido querendo ressuscitar
Dos baús às cadeias dos felinos
Fazendo voar águias
O amanhecer será mais semente
E não somente entardecer.