OS FANTASMAS DE CHERNOBYL
Ecos do que fomos
E do que iremos ser
Num meio venenoso
Que ninguém pode ver
Os fantasmas de Chernobyl
Eles são o futuro demasiado bem definido
Num caldo de emoções
Bem radioactivo
Os fantasmas de Chernobyl
Diz-me meu amor
Do que te posso proteger
De tudo e de todos
Menos deles
Que não os vejo
Mas muito tenho a temer
D´
Os fantasmas de Chernobyl
Filhos da nossa inteligência
Netos
Da negligência
Que fizeram do homem
O único ser que pode tocar as estrelas
E incinerar-se
Bem no meio delas
Porque a ambição
Pode ser o mais belo dos sonhos
Que revela o lado negro
Em pesadelos medonhos
Por isso eles desfilam entre nós
Cegos
Disformes
Tremendamente poderosos
Porque vivem na nossa memória
E tornam até os mais poderosos medrosos
Os fantasmas de Chernobyl
Poema protegido pelos Direitos do Autor