Sinto a chuva lá fora
A chuva que cai lá fora
Não molha meu corpo
Não, não molha agora...
Mas a chuva que cai lá fora
Molha outros corpos
Cansados, moídos e tortos...
Não, não chove no meu chão
Mas há respingos na minh’alma
E ouço os pingos como triste canção...
De gota em gota, a chuva cai
Enquanto pessoas lamentam
Corpos gelados que se esvaem...
Colho no silêncio que se fez
O pranto da gente que adormece
Molhada por falta de sensatez...
São filhos da rua, que olham a lua
E ainda cantam uma diáfana canção
Que esmaece ao som da chuva sem trégua...
A nostalgia agora me invade a alma
As lágrimas que verto não vêm do céu
Mas escorrem de um coração sem calma...
Esta chuva de esperança
De um povo que não se cansa
Atrás do sobreviver
É a mesma chuva do flagelo
Que derruba seu castelo
Sem tempo pra acontecer...
Colaboração da amiga Maria Salete
Obrigada, amiga! Adorei sua interação!
Beijos!
Mena