Cinderela Século 21
Ela fecha o livro e os olhos
Na sua cabeça, o pensamento:
Não! Definitivamente não!
Nunca seria uma Cinderela!
A abóbora não viraria carruagem
Seria sempre uma abóbora
vindo da xepa da feira
Ratos continuariam a ser ratos
Transmissores da leptospirose
Nunca fogosos corcéis.
A bermuda surrada de jeans
O bustiê provocante
Não se transformariam
Num lindo vestido drapeado
O cabelo sujo, oleoso
Jamais teria lindos cachos
O sapatinho de cristal
Seria o de sempre
Uma sandália cheirando mal
e que solta as tiras
E o príncipe, então?
Nunca virá!
Seu príncipe encantado
Não passa de um padastro
Que a violenta
Dia sim, outro também!
E daqui a pouco
Ele estará aqui
E todo o sonho
Vai se desvanecer
No cheiro acre
de cachaça barata.
Cinderela?
Doce ilusão...
Ela fecha o livro e os olhos
Na sua cabeça, o pensamento:
Não! Definitivamente não!
Nunca seria uma Cinderela!
A abóbora não viraria carruagem
Seria sempre uma abóbora
vindo da xepa da feira
Ratos continuariam a ser ratos
Transmissores da leptospirose
Nunca fogosos corcéis.
A bermuda surrada de jeans
O bustiê provocante
Não se transformariam
Num lindo vestido drapeado
O cabelo sujo, oleoso
Jamais teria lindos cachos
O sapatinho de cristal
Seria o de sempre
Uma sandália cheirando mal
e que solta as tiras
E o príncipe, então?
Nunca virá!
Seu príncipe encantado
Não passa de um padastro
Que a violenta
Dia sim, outro também!
E daqui a pouco
Ele estará aqui
E todo o sonho
Vai se desvanecer
No cheiro acre
de cachaça barata.
Cinderela?
Doce ilusão...